Uma colheita do que de melhor se faz na net, também com produção caseira

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Cultura do 1-Click

Hoje foi uma fotografia que acreditavam ser a passagem do furacão Sandy por Nova Iorque. Há dias foi uma petição por o canil de Óbidos ter fechado e terem morto os animais *todos*. Desde há meses (anos?) que são as ofertas de iPhones, iPods e iPads só por fazer um like. Ou as bananas com bactérias carnívoras que comiam membros em poucos dias. Se recuarmos alguns anos, eram os emails que diziam que a Microsoft ou a Nokia iam dar 25 cêntimos por cada mensagem reencaminhada. Algo que chegou mesmo a circular por SMS…

É a cultura do 1-Click. Vê-se algo que mexe connosco e, em vez de se usar um mínimo de espírito crítico para tentar perceber o que estamos a ver, clica-se num botão e lá podemos passar ao próximo assunto. Cinco minutos bastam para acabarmos com a fome em África, melhorarmos as condições dos trabalhadores na China, salvarmos um monumento nacional a 10Km de casa (mas que nunca visitámos) ou, porque também olhamos para o nosso umbigo, ganhar um iPhone. E mostrarmos muita preocupação porque está uma nuvem enorme sobre a Estátua da Liberdade.

Depois de ter visto um curso para Conselheira de Aleitamento Materno, pergunto-me se não haverá mercado para um curso sobre como detectar tretas na internet. Podia ter um nome pomposo e que desse um ar de empreendedorismo. Assim um título como CEO, CFO ou CTO. Que tal CPI? Chief Petas Investigator. Com direito a certificado e tudo, claro.

E, porque muitos não devem clicar nos links para ver o que é, a foto abaixo é um trabalho em Photoshop de Robert Bogdany. Não é o Sandy em Nova Iorque.

Acção da LG num elevador algures no mundo. Oh mon ticky-ticker! 🙂

“OK Kid, you got the job!”

Social Media 101

A história é simples. Um gajo publica um comentário na página de Facebook de uma empresa de produtos de higiene feminina. Algo como a anedota do puto que quer um OB para o Natal porque dá para andar a cavalo, saltar de para-quedas, etc. A questão aqui é que o comentário teve dezenas de milhar de gostos e muitos comentários. Algo desproporcionado dos cerca de 5 mil fãs que a página tem.

Hi, as a man I must ask why you have lied to us for all these years.

As a child I watched your advertisements with interest as to how at this wonderful time of the month that the female gets to enjoy so many things, I felt a little jealous.

I mean bike riding, rollercoasters, dancing, parachuting, why couldn’t I get to enjoy this time of joy and ‘blue water’ and wings!! Dam my penis!!

Then I got a girlfriend, was so happy and couldn’t wait for this joyous adventurous time of the month to happen …..you lied !!

There was no joy, no extreme sports, no blue water spilling over wings and no rocking soundtrack oh no no no.

Instead I had to fight against every male urge I had to resist screaming wooaaahhhhh bodddyyyyyyfooorrrmmm bodyformed for youuuuuuu as my lady changed from the loving, gentle, normal skin coloured lady to the little girl from the exorcist with added venom and extra 360 degree head spin.

Thanks for setting me up for a fall bodyform, you crafty b@gger

A mensagem não tem nada demais e já ninguém se lembraria dela daqui a umas semanas. Não fosse a Bodyform aproveitar a onda e fazer um vídeo-resposta com a (suposta) CEO da empresa.

São 5000 fãs neste momento. Para voltar a contabilizar daqui a dois ou três dias.

Ao cuidado de Vitor Gaspar

Porque não gosto de apenas dizer mal, aqui fica a minha ideia para o Orçamento do Estado de 2013:

– Liberalizar o jogo e legalizar as apostas.

Não tem de quê.

Extraordinariamente cara

A minha participação tem como único propósito retribuir ao país o enorme investimento que colocou na minha educação. (…) a minha educação foi extraordinariamente cara, e Portugal investiu de forma muito generosa durante algumas décadas. É minha obrigação retribuir a dádiva que o país me deu.

Isto foi dito por Vitor Gaspar, ontem, durante a apresentação do Orçamento do Estado para 2013. Tudo muito bonito… se não estivesse a ser pago pelo cargo que ocupa.

Também posso retribuir ao país o investimento na minha educação? Até pode ser como mais um motorista do Passso, que parece que não ganham nada mal.