Se por um lado posso me considerar tecnologicamente evoluído, por outro não sou gajo para me atirar de cabeça a toda e qualquer tecnologia que apareça. E os E-books são um bom exemplo de algo que ainda não adoptei. Sim, tenho alguns na app Kindle no iPad e até no iBooks, mas foi mais por experiência ou, nalguns casos, por arquivo de algo grátis que encontrei na net.

Acho que ia gostar de ter um leitor com ecrã e-ink – como o Kindle – mas antes de gastar 100 euros tenho de por um à prova. E depois disso ainda há a questão das protecções anti-cópia. A tal gestão de direitos digitais, mais conhecida pela sigla em inglês: DRM. Posso gastar dinheiro num Kindle, mais não sei quanto em livros, mas o que me garante que daqui a 5 anos vou conseguir ler esses livros? Não seria a primeira vez que um serviço deixa de existir, tornando inúteis os ficheiros que os utilizadores compraram. Ah, mas é a Amazon. Pois sim, mas também era o Yahoo Music e o MSN Music. Ou seja, se a Amazon, por algum motivo, decide acabar com os E-books e desligar os servidores, todos os livros lá comprados deixam de funcionar.

Sim, podem existir formas de retirar a protecção dos ficheiros, mas não é isso que eu quero. O que eu quero é comprar um produto – os livros – e saber que poderei fazer com ele o que bem entender e no dispositivo que quiser. Copiar, arquivar, converter…

Felizmente parece que as coisas estão a mudar, e na véspera do 25 de Abril eis que uma editora anuncia a liberdade do DRM, passando a vender os seus livros digitais sem esta protecção.. É bater palmas e esperar que outras editoras sigam o exemplo.