João Almeida, vice-presidente da bancada do CDS e porta-voz do partido, sugeriu esta tarde no Parlamento que os consumidores podem tirar consequências da deslocalização do principal accionista da Jerónimo Martins para a Holanda, grupo detentor dos supermercados Pingo Doce, adaptando “o seu comportamento”
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Em Itália, uma ministra chora ao anunciar medidas de austeridade. Por cá, a Assembleia da Câmara Municipal de Cascais decide manter a oferta de Natal aos deputados em vez desta ser distribuída por famílias carenciadas do Concelho.
Na Assembleia Municipal de Cascais, tendo sido apresentada uma moção para que o cabaz de Natal e o bolo-rei oferecidos habitualmente aos deputados municipais pela autarquia fossem distribuídos este ano por famílias carenciadas, a votação ficou empatada (16-16); e tendo o presidente (em exercício) da Assembleia sido chamado a desempatar, votou pela habitual oferta aos deputados, e não a pobres.
A oferta é demagógica, dado o número reduzido de cabazes? É. Mas o gesto diz tudo.
Em Itália, uma ministra chora ao anunciar medidas de austeridade. Por cá, a Assembleia da Câmara Municipal de Cascais decide manter a oferta de Natal aos deputados em vez desta ser distribuída por famílias carenciadas do Concelho.
Na Assembleia Municipal de Cascais, tendo sido apresentada uma moção para que o cabaz de Natal e o bolo-rei oferecidos habitualmente aos deputados municipais pela autarquia fossem distribuídos este ano por famílias carenciadas, a votação ficou empatada (16-16); e tendo o presidente (em exercício) da Assembleia sido chamado a desempatar, votou pela habitual oferta aos deputados, e não a pobres.
A oferta é demagógica, dado o número reduzido de cabazes? É. Mas o gesto diz tudo.
Depois de (pouco) se falar dos subsídios de alojamento dos políticos, o Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, afirmou que ia renunciar ao seu. No entanto foi incapaz de fazer um mea culpa e lá teve de vir com a história da legalidade do subsídio.
Por decisão pessoal minha, amanhã mesmo, vou formalizar a renúncia a este direito que a lei me dá.
Uma Lei, feita por políticos, que desvia ainda mais dinheiro do Estado para os bolsos dos políticos. Uns valentes tomates na cara era o que estes gajos mereciam todos.
Carvalho da Silva recebe 600 Euros por programa semanal na RTP, apesar de afirmar que “ainda” não foi pago. Ontem, convidado do Fórum da TSF, ouviu das boas de uma ouvinte. Para se justificar disse que era um trabalho e que tinha de preparar as intervenções, etc.
Ficamos a saber que, para o secretário-geral da CGTP, ganhar 2400 Euros por nem 4 horas de trabalho mensal é perfeitamente justificado. Já um administrador ganhar algumas dezenas de milhares de euros é inadmissível.
Tem-se vindo a falar no prémio de 100 mil Euros que os jogadores da Selecção A irão receber caso consigam a qualificação para o Campeonato da Europa de 2012. Lá têm aparecido as comparações com os cortes nos rendimentos e os aumentos de impostos. Até Marcelo Rebelo de Sousa, no seu comentário habitual na TVI, veio falar sobre o assunto, criticando os valores quando o Estado anda a cortar em tantas coisas.
Isto não passa de atirar mais areia para os olhos das pessoas. Quem os ouve falar até fica a pensar que são os nossos impostos que pagam estes prémios. Os patrocinadores como Nike, Galp, BES, Sagres, TMN ou Coca-Cola não devem ter nada a ver com o assunto. E, mais que isso, o valor de 8 milhões de Euros que a Federação Portuguesa de Futebol recebe da UEFA apenas pela qualificação para a competição também não interessa para nada.
Aliás, até é bom para as contas públicas que Portugal se qualifique e que os jogadores e outros recebam esses prémios, pois significa uma maior receita de IRS.
Pode-se discutir se os jogadores de futebol recebem mais do que o que deviam? Sim, pode. Mas meter a austeridade ao barulho é querer enganar as pessoas. Um povo ignorante é o que interessa para manter estes abutres no poder.