Ensitel
Nem sei por onde é que hei-de começar.
Faz hoje uma semana, ele ofereceu-me um Nokia E 71 que comprou na Ensitel do Saldanha Residence. Ontem à hora do almoço começa a falhar a luz do display. Pura e simplesmente, com o teclado activo, não havia luz (o que dificulta imenso a utilização do telefone). Fui de imediato à Ensitel onde foi comprado o equipamento, explicar o que se passava. A primeira reacção foi “isso é do software”, que deu logo para uma resposta dele “eu por acaso sou programador de software, explique-me lá como é que a ausência de luz se explica através do software”, pelo que aquela justificação foi abandonada de imediato.
 
Estava (e está) dentro do período durante o qual eu tenho direito a trocar o equipamento defeituoso por um, totalmente novo, na loja onde foi adquirido. Ontem, a resposta foi, pois, mas não temos mais em stock, terá de se dirigir à Nokia. Não havia nenhum telemóvel igual, na zona de Lisboa, apenas nas lojas do Norte.
 
No dia seguinte, portanto hoje,  já com as caixas, caixinhas, saquinhos de plástico, facturas e demais parafernália que acompanha este tipo de equipamento, voltei à Ensitel, para confirmar que não trocavam aquele equipamento defeituoso por um outro, tal como está previsto no contrato (e na Lei, já agora). Confirmado. Preenchi uma folhinha do livro de reclamações, peguei em mim e fui à Nokia. Na Nokia disseram-me que podiam reparar o equipamento, mas que eu tinha direito à troca.
 
De regresso à Ensitel. Expliquei, de novo, a questão, e, milagrosamente, apareceu um equipamento na zona de Lisboa, no Oeiras Parque. Está reservado em seu nome, é só chegar lá e trocar.
 
Fim do dia, vai buscar o puto e vai para o Oeiras Parque, para que os senhores se recusem a trocar o equipamento, porque tem um risco no écran (eu não vejo risco nenhum).
 
Regresso à Ensitel do Saldanha. Já só quero que me devolvam a porra do dinheiro. Quero extinguir a minha relação comercial com a Ensitel o mais rapidamente possível.
 
As meninas que me atendem também não vêem nenhum risco no écran, mas vêem um risco na tampa da bateria. Recusam-se a devolver-me o dinheiro.
 
Isto é uma novela, mas mesmo assim, mantenho-me calma.
 
A Ensitel podia ter resolvido o problema muito facilmente, ontem, cumprindo a Lei, trocando o equipamento (acção à qual resistem a todo o custo). Optou pela via mais difícil. Coloca imensos entraves à troca de equipamento, dificulta a coisa, tenta empurrar para terceiros, sacudir a água do capote.
 
No meio disto tudo, quem se lixa é o mexilhão. O problema é que, neste caso, o mexilhão sou eu. E eu não gosto que me lixem. O que poderia ter sido resolvido com a troca de um equipamento, vai ser resolvido em tribunal, vão ter de me devolver o dinheiro, pagar as despesas legais, mais as deslocações, mais toda e qualquer despesa que eu venha a ter com esta brincadeira. E em cima disto perdem não um, mas dois clientes e, se olharmos para a quantidade de telemóveis e respectivos acessórios que estes dois clientes compraram nos últimos anos, eu diria que eles fizeram um mau negócio.
 
Pela parte que me toca, qualquer empresa que tente prejudicar o seu Cliente, fugindo às responsabilidades que a Lei lhe atribui, escondendo-se atrás de procedimentos internos (que NUNCA se podem sobrepor à Lei, mas que se sobrepõem) é uma empresa que não merece a minha confiança, nem a minha recomendação. Pela parte que me toca, boicote à Ensitel.
 
E este, apesar de ser o primeiro, não é o último post que faço acerca deste tema.

É isto que acontece quando as empresas não se preocupam com o bem-estar dos seus clientes. Má publicidade. E neste caso é mesmo muita má publicidade, pois uma pesquisa no Google por “ensitel” coloca estas queixa logo na primeira página. O mais provável é a Ensitel já ter perdido mais do que o valor o valor do equipamento (que nem deveria ser um custo para eles, mas sim para o fabricante), mas o que lhes interessa isso?…