Um aluno do 9º ano da Escola Secundária D. Dinis, em Lisboa, foi ontem impedido de realizar o teste de português por não ter 10 cêntimos no cartão de pagamentos escolar para pagar o impresso.
Se esta história já é má, a explicação consegue ser pior.
O impresso custa 10 cêntimos. Vamos esquecer que se trata de mais um imposto, num ensino obrigatório e que é pago de várias maneiras. Ora, o impresso custa 10 cêntimos. O miúdo tinha os 10 cêntimos com ele, pelo que a questão deveria ter ficado resolvida. Mas o impresso, que custa 10 cêntimos, tem de ser pago com o cartão escolar. E para se carregar o cartão são precisos, no mínimo, 50 cêntimos. Mas o miúdo só tinha 10 cêntimos. Está pior, mas não fica por aqui.
Explicado o problema à professora, a decisão da besta – a professora – foi expulsar o miúdo da sala. Ele e mais dois. Por 10 cêntimos impedem-se miúdos de fazer um teste do 9º ano. Nem são precisas comparações com prescrições e documentos desaparecidos.
É esta gente que não pode ser despedida? É este o funcionalismo público que os sindicatos andam há anos a tentar proteger? Há excepções, claro. Mas infelizmente as bestas são em maior número.
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