Finalmente a Apple renovou o iPhone de 4 polegadas. Infelizmente deixou-o exactamente como o modelo antigo. Há cerca de um mês escrevia:

Quanto ao design, os rumores dão como certo que será semelhante ao iPhone 5/5s. O que me deixará bastante desapontado. As arestas desses telefones – tenho um 5s – tornam o telefone desagradável de segurar. Mesmo com uma capa a ergonomia do telefone na mão fica a anos-luz do iPhone 3G.

Os iPod têm cantos arrendondados atrás. Os iPad idem. Os iPhone 6 também são mais agradáveis de utilizar, apesar da curvatura algo exagerada. Porque razão este iPhone SE mantém as arestas?

Sim, ter as capacidades do iPhone 6s – excepto o 3D touch – num telefone mais pequeno é tentador. No entanto, sendo racional, o iPhone 5s continua rápido e a fazer praticamente tudo. Em Portugal o Apple Pay não serve para nada. E sobre ter as capacidades do iPhone 6s… não é bem assim. O ecrã deste novo modelo parece ser exactamente o mesmo do iPhone 5/5s, que por sua vez é igual ao do iPhone 4 (contraste de 800:1 face aos 1400:1 do iPhone 6s) e o sensor Touch ID é de primeira geração. A câmara principal é a do iPhone 6s, mas a câmara frontal é a do iPhone 5. Portanto, para além do processador, apenas a câmara teve uma actualização de relevo. E isso não chega para me convencer a mudar.

A Apple quis alcançar dois objectivos com este iPhone. Oferecer um iPhone de 4 polegadas mais actual e ter um iPhone “barato” que funcionasse como entrada de gama. O resultado é um compromisso onde nenhum dos lados fica verdadeiramente a ganhar.

Quem quer um iPhone barato continua a desembolsar 500€ ou mais (16GB nem deviam ser opção), seja de uma vez ou através de um contrato de permanência (informem-se bem sobre os custos de desbloqueio). Para os que queriam “o melhor iPhone alguma vez feito”, num formato mais pequeno… ainda não foi desta.

A sério, quanto mais tempo vai ser preciso para acabarem com as versões de 16GB?