Sempre gostei da guerra Pepsi vs Coca-Cola. Junta-se a possibilidade de, nos EUA, se usarem juízos de valor sobre a concorrência na publicidade, e temos material para passar horas a olhar para o televisor Youtube.
Este é um dos meus anúncios preferidos da Pepsi, do auge da guerra entre as duas companhias. Sem dizer grande coisa, acaba por dizer tudo.
Disse o Correio da Manhã que a Octapharma teve contratos com o Estado Português no valor de 6 milhões, no período entre 2005 e 2011. Isto dá um milhão por ano para fornecer mais de 50% do plasma utilizado nos hospitais públicos.
Entretanto, apesar de não ter direito a capas ou mesmo publicação no site dos jornais portugueses, a Octapharma explicou o ajuste directo. Segundo eles o produto em causa é um exclusivo deste laboratório, daí o ajuste directo.
Mas vamos lá pensar um pouco. Compras no total de seis milhões de euros, a uma farmacêutica, durante seis ou sete anos, são motivo de uma notícia destas?
Este domingo cumpri dois dos objectivos que estabeleci quando regressei em força ao pedal. Participar – e concluir – um Desafio Audace e fazer voltas acima dos 100 Km.
Desde Setembro que tenho a minha bicicleta de estrada e, até início de Novembro, fui ganhando ritmo e resistência. As chuvas de Novembro obrigaram a uma pausa, mas em Dezembro regressei. Janeiro trouxe mais chuva, o que fez com que pouco tenha pedalado até agora. Apesar disso um Audace com “apenas” 106 km, e aproximadamente 1400 metros de acumulado, parecia acessível.
Pouco antes das 7h00 cheguei ao ponto de partida, na Amadora. Tratei da acreditação e fui fazer tempo até mais perto das 8h00. Tirar a bicicleta do carro, montar a roda da frente, verificar o ar dos pneus e acabar de me equipar. Uma banana e um gel depois, estava pronto para a partida.
De início fui num pequeno grupo. Fomos a um ritmo calmo, sem exageros antes de termos aquecido minimamente. Amadora, Damaia, Buraca, passagem pela Decathlon e rumo a Miraflores. Depois da subida para Linda-a-Velha e da descida para o Estádio Nacional, chegávamos à Av. Marginal. Os ritmos iam variando e cada um escolhia o seu. Com o pouco treino do último mês, decidi ir num ritmo mais calmo. Ainda havia muito quilómetro pela frente.
A partir do Estoril ia apanhando um ou outro participante mais lento (poucos, é certo). Na Guia faço a primeira paragem para comer qualquer coisa. Vinha aí o Guincho com muito vento de frente e logo depois a subida à Azóia… que até se fez tranquilamente, com o medidor cardíaco a mostrar que podia ter dado um pouco mais.
Depois da subida, foram alguns quilómetros a descer para Colares, local onde estava o primeiro posto de controlo. Carimbo na carta de rota e siga em direcção às Azenhas do Mar.
Nas Azenhas veio a segunda subida grande, em direcção a Fontanelas. Mal esta tinha terminado e virava-se para A-dos-Eis, onde dava de caras com uma parede. Os 400 metros iniciais com mais de 10% de inclinação fizeram o resto da subida parecer bem pior. Mas o pior tinha passado e agora eram “apenas” uns montes e vales até ao segundo posto de controlo, em Alvarinhos.
Os quilómetros seguintes foram um passeio, até a subida do Algueirão dar um ar de sua graça, pois com 85 Km nas pernas a inclinação parece outra. Nova descida e viragem em direcção a Vale de Lobos, onde estava o terceiro posto de controlo e as últimas dificuldades do percurso. Conquistada a última subida, ficavam a faltar apenas 12 Km, talvez os mais fáceis de todos pois foi quase sempre a descer. A chegada à meta aconteceu seis horas depois da partida, cinco horas das quais a pedalar.
Chegado a casa foi almoçar e passar o resto de domingo a… recuperar energias. 🙂 Fica um vídeo feito pelo João Prata.
A capa é do Correio da Manhã. “Suíços dão tacho de luxo a Sócrates”.
Sei que o Correio da Manhã gosta de títulos sensacionalistas, mas julgo que ainda é necessária licença para se publicar um jornal e que essa licença implica ter jornalistas como responsáveis pelo que o jornal escreve.
Tacho: Emprego rendoso; colocação que dá regalias e bom salário.
Se do ponto de vista do termo não há muito a apontar, todos sabemos o que “tacho” insinua. Que o Sócrates não tem capacidade para o cargo e foi apenas um bónus por algo não mencionado. Não é preciso ser jornalista para nos lembrar das boas relações que Sócrates conseguiu na América Latina, quando os jornais o apelidavam de caixeiro viajante (depois o aumento das exportações já foi pelas rezas do CDS). Alguém que tem boas relações na alta esfera política é sempre uma mais-valia para empresas que actuam nesses mercados. O Económico refere que Sócrates é presidente do conselho consultivo da Octapharma para a América Latina. Será um tacho ou uma boa contratação?
Na verdade este tipo de capas calha a todos. Há poucos dias o Correio da Manhã “noticiou” que as “amigas de Portas” também foram colocadas em Londres. O jornalismo prostitui-se todos os dias.
O problema destes títulos é que quando algo for realmente escandaloso, ninguém liga. Da mesma forma que já poucos ligam às birras dos jornalistas quando argumentam que são muito importantes para a democracia. Com capas destas, não fazem grande falta.
Foi um dos temas quentes de ontem: o vídeo da Samsung com uma, digamos, entrevista, a Pépa Xavier. Muita gente indignada com as declarações. Mas o que disse Pépa?
Foi um ano de altos e baixos, mas no final acho que foi um ano positivo.
Ora, em 2012, Pépa acabou a tese. Passado 2 meses começou a trabalhar, estando a trabalhar com moda, algo que gosta e lhe dá prazer. Está a gostar e o balanço é positivo. O seu blog foi blog oficial dos Fashion Awards e, para Pépa, foi gratificante ser reconhecida por aqueles que trabalham na indústria, pois significa que o seu blog é importante. Ficou “super feliz”.
Para 2013, Pépa espera que seja um ano de muita sorte. Deseja ter mais tempo para ela, para estar com os amigos e com o namorado.
E depois, a bomba… Gostava de comprar a mala clássica Chanel preta, que fica bem com tudo e adorava ter uma. Era uma conquista pessoal comprar uma carteira que adora.
Também deseja felicidade e amor. E equilíbrio. E quer fazer coisas engraçadas e diferentes. Mas, depois da mala, o que é que isso interessa?
O problema da Pépa foi não ter pedido paz no mundo.